sexta-feira, 20 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

“Discernimento e participação política”





Homilia do cardeal-patriarca de Lisboa na bênção dos finalistas universitários

“Discernimento e participação política”

Queridos Finalistas, Esta é uma etapa importante no percurso da vossa vida, na vossa realização pessoal, na descoberta dos meios e dos caminhos para contribuirdes para a construção da nossa sociedade. Pessoalmente, saúdo-vos e felicito-vos; em nome de Deus, com o poder da Igreja, abençoo-vos. Recentemente, movimentos sociais tentaram definir-vos como “geração à rasca”; prefiro ver-vos como geração com coragem para enfrentar o futuro com generosidade e ideal. Mas isso supõe, imediatamente, enfrentar o presente com coragem e lucidez. E o presente não é apenas o vosso, é o de todo o nosso Povo. Isso supõe, antes de mais, discernimento, acerca de vós mesmos, acerca dos problemas da sociedade, acerca dos caminhos que desafiam a vossa generosidade e criatividade.


1. Discernimento acerca de vós mesmos: o vosso lema-compromisso desafia-vos a isso: “escuta o teu coração, segue o teu dom”. Essa é a riqueza de uma comunidade humana: somos todos diferentes e, por isso, temos de nos completar uns aos outros, na busca do bem comum. Ao tentardes perceber quem sois, o que desejais e do que sois capazes, não podeis esquecer a vossa qualidade de cristãos, que vos congrega hoje aqui. Todos os vossos dons são dádivas de Deus, e são enriquecidos pelo amor de Jesus Cristo que vos ama e vos escolheu. É por isso que só o Espírito Santo, o primeiro dos dons, vos ajudará a conhecer-vos com verdade e profundidade, e fará das vossas diferenças a força que une e constrói comunidade. Ouvimos agora o texto de São Paulo: são muitos e diferentes os dons, um só é o Espírito que os suscita. “Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum”. Só o Espírito fará com que as nossas diferenças não signifiquem fragilidade, mas força irresistível e criativa. Quando cada um de vós se perguntar, “quem sou eu e de que sou capaz”, não esqueçais o pedido de Jesus: “permanecei no meu amor”; “já não vos chamo servos, mas amigos”. Como fez com os discípulos de Emaús, Ele trilha connosco os caminhos da vida, é companheiro de viagem e de aventura. Nunca respondais àquela pergunta: “quem sou e do que sou capaz”, sem contardes com Ele, sem o ouvirdes a Ele”.


2. Discernimento acerca da realidade. Sempre, mas especialmente em momentos difíceis como o que atravessamos, é importante que cada cristão possa compreender, o melhor possível, o que se passa, qual a natureza dos problemas. A convivência democrática, valor principal da organização da sociedade, assenta nessa verdade simples e exigente: são todos corresponsáveis no destino coletivo, pelo contributo que dão, pelas escolhas que fazem, por exemplo, quando são chamados a decidir, pelo voto, quem nos há de governar. É cada vez mais importante o discernimento, que todos percebam, o melhor possível, a realidade. Para isso, não basta o discurso dos políticos; é preciso ouvir outras vozes, variadas e, tantas vezes, contraditórias, o que torna indispensável a reflexão pessoal e a síntese interior.


Nós os cristãos, na busca da verdade dos problemas e das situações, não podemos deixar de escutar o Evangelho e a voz da Igreja. Há uma doutrina da Igreja sobre a pessoa humana e sobre a sociedade, que pode lançar luz sobre todos os problemas que nos preocupam e sobre a melhor maneira de nos organizarmos para tornar a nossa sociedade mais justa e mais fraterna. A natureza e o papel do Estado que, segundo o princípio da subsidiariedade, não deve chamar a si aquilo que os cidadãos e a sociedade civil organizada podem fazer: sobre as empresas e sobre o lucro; sobre o trabalho e os direitos dos trabalhadores; sobre o mercado e a relação entre finanças e economia; sobre a justiça social, etc. Desafio-vos a introduzirdes esta palavra da Igreja na busca da vossa compreensão da realidade e dos caminhos a seguir. Não precisamos de nos empenhar nas lutas partidárias, embora isso seja legítimo para os cristãos, para influenciarmos a política, isto é, o rumo de construção da nossa sociedade. Basta procurar uma compreensão profunda e alargada, baseada na busca da verdade, das realidades e dos desafios.


3. Discernimento sobre aquilo que podemos fazer para o bem comum. Cada um deve procurar perceber o que pode fazer, qual o seu contributo para o bem comum. É a última parte do vosso lema-compromisso: “melhora o teu mundo”. E aí a primeira palavra a escutar é a do próprio Jesus: “Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor (…). É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei”. Só o amor é a força que transforma as sociedades, pois é a fonte da coragem e da ousadia, revela o sentido profundo do nosso compromisso, faz com que a nossa participação social se transforme em ideal. Claro que tendes direito a lutar pela vossa realização pessoal, mas nunca desligueis esse objetivo da busca do bem de todos. Para o cristão, a realização pessoal ganha sentido quando é dom, quando se assume como realização do bem dos outros. A sociedade não pode ser um conjunto de interesses individuais ou grupais, na melhor das hipóteses regulados pela lei. Temos de partir para essa luta com a ousadia da generosidade e da gratuidade. Como dizia o Presidente Kennedy: “não perguntem apenas o que o País pode fazem por vós; perguntai primeiro o que cada um de vós pode fazer pelo nosso País”. Sede criativos nos projetos, solidários na busca de soluções. Não encontrareis nas formas já inventadas e conhecidas os únicos caminhos da vossa realização. O País ajudar-vos-á e aprenderá convosco.


Lisboa, 14 de maio de 2011


D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca


Documentos D. José Policarpo 2011-05-14 12:31:00 5607 Caracteres Diocese de Lisboa

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Toma a Minha Vida


Toma a minha vida, aceita Senhor
Que a Tua chama arda no meu peito.
Todo o meu ser anseia por Ti
Tu És meu Mestre, ó Divino Rei.

Fonte de vida, de paz e amor
Por Ti eu clamo sempre Senhor
Guia a minha alma, enche-a também
Sê meu refúgio e supremo bem.

De todo o mal, guarda-me Senhor
Só Tu me guias, meu Rei e meu Deus.
Se a noite esconde a luz aos meus olhos
És minha estrela a brilhar nos céus.

Eis que vem a aurora de um novo dia
O céu dourado, um fogo tão belo
Já vem Jesus, para quê chorar?
Cabeça erguida, Ele vai chegar.

Oração de Santo Ignácio de Loiola

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Construir família em terra estrangeira

Mensagem da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado 2007

1. A mobilidade é uma característica do ser humano, mas que assumiu, desde há décadas, dimensões inimagináveis em várias latitudes do mundo. A realidade da globalização, secundada com os potentes meios de comunicação, veio acentuar fortemente este fenómeno, dotando-o de grandes potencialidades, mas também provocando mutações socio-culturais. Algumas dessas mudanças põem em perigo a coesão social e a unidade familiar favoráveis ao crescimento equilibrado e harmónico da pessoa humana. Deste modo, a mensagem do Santo Padre para o 93º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, a celebrar em toda a Igreja no próximo dia 14 de Janeiro e que tem como tema a família migrante, é de grande oportunidade e actualidade. Uma mensagem a ser divulgada em todas as paróquias e media de inspiração cristã!

É dado adquirido que, em grande percentagem, as migrações internas ou internacionais são motivadas por razões económicas, sobretudo, tendo em conta o futuro dos filhos, que os seus progenitores desejam melhorar através do recurso à emigração. Embora a mensagem do Santo Padre também tenha em conta as migrações forçadas, devido a guerras, racismo, perseguição política ou religiosa, nesta minha nota saliento apenas a relação do migrante com a família, independentemente dos motivos da sua mobilidade.

2. Parece ser um dado adquirido que a pessoa humana precisa da família para nascer, crescer integralmente e viver. Sem esta relação primordial dificilmente teremos pessoas com auto-estima e estabilidade interior suficientes para enfrentar as crises de crescimento e integrar-se harmoniosamente nas respectivas sociedades. Por isso, é de todo o interesse para a sociedade, em geral, que se ponha em prática a Convenção Internacional para a protecção do direitos de todos os trabalhadores migrantes e dos membros das suas famílias, que entrou em vigor a 1 de Julho de 2003, como refere Bento XVI na mensagem.

É necessário salvaguardar o direito humano à reunião dos membros da família dos migrantes e refugiados e dar-lhes condições de inclusão na sociedade de trânsito ou de residência, para evitar graves crises afectivas, geracionais e sociais. A memória e trajectória das nossas Comunidades Portuguesas estão repletas de crises familiares. De facto, por falta do devido cuidado pastoral, ou mesmo por se ter dificultado – através de leis políticas alimentadas por atitudes securitárias – a unificação e reagrupamento familiar dos migrantes, têm surgido muitos desajustamentos nos membros da primeira geração de emigrantes portugueses, assim como de imigrantes em Portugal. Constatam-se “mecanismos de defesa” que impedem uma maturação dos jovens da segunda geração, o que pode provocar graves perturbações da vida social, como ultimamente se verificou em algumas cidades e bairros de países da União Europeia.

3. Os cristãos, do Oriente e do Ocidente, ao reflectirem sobre o mistério de Natal do Deus connosco, olhando para a Sagrada Família de Nazaré, que viveu refugiada no Egipto, não podem ficar impassíveis perante a realidade das migrações. Urge continuar a apoiar as famílias desagregadas por este fenómeno e a acolher positivamente aqueles que vêm, desde a Ásia à América Latina, até nós por vezes com pequenos gestos concretos. Uma atitude de acolhimento a praticar não apenas na altura de Natal ou da Festa dos Povos a qual, registo com agrado, já se celebra em muitas dioceses, tal como tem proposto a Comissão Episcopal a que presido. Os migrantes, sejam portugueses em diáspora, sejam imigrantes e refugiados entre nós, devem sentir que nós, não só fazemos parte da sua família e vice-versa, mas também que lutamos com eles, e suas Associações, para que toda a família possa viver unida nas terras onde trabalha e se sacrifica pela melhoria do nível de vida. Bem-estar económico sem família unida não contribui para o bem pessoal, social e nacional.

Em nome da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana em Portugal saúdo todos os refugiados e migrantes, elevando o meu pensamento e oração por todos aqueles – emigrantes e imigrantes – que vivem longe da família ou dela estão privados por causa da: reclusão, irregularidade, deportação, estudo, trabalho, envelhecimento, viuvez, orfandade e doença, entre outros. Uma particular saudação para os requerentes de asilo e refugiados que, após terem arriscado as suas vidas na travessia de desertos e mares, separados das suas famílias, se encontram a salvo e em liberdade no nosso país. Sois todos bem-vindos!

4. Reafirmo o apelo a todos os cristãos, estruturas eclesiais e homens de boa vontade, seja qual for a religião, mas apaixonados - como nós - pela beleza da dignidade humana, para que não adormeçam na indiferença e, com a fantasia da caridade, inspirados pelo direito a viver em família, tudo façam para a reunificação e coesão das famílias migrantes e refugiadas. Que as famílias portuguesas, movimentos de espiritualidade familiar e centros de apoio à família continuem a dar também o seu precioso e solidário testemunho de vida!

Com votos de um ano de 2007 repleto das bênçãos de Deus e de sinais de acolhimento para a unidade da grande família humana,

Beja, 7 de Janeiro de 2007
Solenidade da Epifania do Senhor
António Vitalino, Bispo de Beja
Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana

Documentos D. António Vitalino 2007-01-08 16:44:00 5300 Caracteres Migrações

terça-feira, 30 de março de 2010

ENCONTRAR DEUS NOS IMIGRANTES E ESTRANGEIROS

Entrevista com Irmã Marilyn Lacey

Por Genevieve Pollock

SANTA CLARA, terça-feira, 12 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).-

O temor aos imigrantes é compreensível, mas superá-lo é essencial para os cristãos, que podem encontrar a presença de Deus nos estrangeiros, afirma a irmã Marilyn Lacey, que possui trinta anos de experiência no serviço aos imigrantes.

Marilyn Macey é da congregação das Irmãs da Misericórdia e diretora da organização Mercy Beyond Bordes, que colabora com mulheres e jovens sem-teto do sul do Sudão, a fim de aliviar sua extrema pobreza.

Em seu livro This Flowing Toward Me: A Story of God Arriving in Strangers (Ave Maria Press), publicado no ano passado, ela escreve sobre seu trabalho realizado com os refugiados nos Estados Unidos, África e Ásia.

Irmã Lacey compartilhou sua experiência entre migrantes e refugiados com a ZENIT, devido à celebração nos Estados Unidos da Semana Nacional das Migrações, que acaba de se celebrar.

–Frequentemente a imigração é descrita em números, mas a respeito do perfil do imigrante individual, quais são suas esperanças, temores, dificuldades e necessidades?

–Irmã Lacey: É muito natural pensar nos migrantes como “outro”; alguém muito diferente de nós. Na lei de imigração, o termo técnico usado para eles é “alien”, que literalmente significa “outro”.
Isso reforça nossa tendência a temer os migrantes, tendo em vista que geralmente é difícil confiarmos nas pessoas que são vistas de forma diferente.

De fato, os migrantes são seres humanos com famílias para alimentar, filhos para proteger, sonhos para alcançar. Suas necessidades mais básicas são as de ser acolhidos e refugiados, de encontrar trabalho e fazer amigos. Como Igreja, temos uma séria obrigação – que atualmente é um excelente convite – de receber todos bem.

Há alguns anos, um refugiado católico, jovem de Eritrea, recentemente chegado à Califórnia, expressou grande confusão, dizendo-me: “Irmã, aqui nos Estados Unidos as igrejas estão fechadas durante a noite”. E eu concordei dizendo que era assim mesmo que acontecia. Sua resposta imediata foi: “Mas se as igrejas estão fechadas, onde dormirão os viajantes?”. Sua pergunta deveria levar-nos a um exame de consciência.

Quão acolhedores somos (como pessoas e como igrejas) com os estrangeiros que nos cercam?
–A Semana Nacional de Migração deste ano focou nas crianças. Poderia descrever a vida da típica criança migrante?

–Irmã Lacey: A maior parte do meu ministério tem-se realizado com os refugiados. As crianças de famílias refugiadas não levam uma vida normal como a que eu ou você consideramos. Deixaram suas casas, experimentaram longas e difíceis viagens. Muitas perderam seus familiares ou estes foram assassinados.

Muitas presenciaram atrocidades. Algumas foram soldados e forçadas a ser violentas. Passaram anos em uma existência artificial, vivendo em campos de refugiados, onde a escolarização era irregular (no melhor dos casos) e a nutrição, escassa. Sua percepção do mundo é de um lugar perigoso e, contudo, são maravilhosamente resistentes. Se tiverem um bom lugar para viver e a presença de adultos carinhosos para apoiar, podem prosperar.

–A maioria dos imigrantes não tira algo dos cidadãos do país, especialmente neste tempo de crise econômica?

–Irmã Lacey: Defender a própria família e o país contra ameaças é compreensível e inclusive respeitável. Lamentavelmente, os seres humanos tendem a confundir as verdadeiras ameaças. Em minha opinião – a qual espero estar baseada em uma clara leitura do Evangelho – a ameaça real à vida e à verdadeira felicidade não é dos migrantes e sim da nossa própria ganância, egoísmo e monopólio.

Os países desenvolvidos parecem buscar o acúmulo de mais e mais riquezas no mundo, enquanto que ao mesmo tempo põem em ação leis de imigração que mantêm os outros longe de qualquer participação nestes bens.
Devemos incluir a dimensão da fé, a qual nos faz compreender que a nossa segurança, bem-estar e felicidade residem em abrir nossas portas aos estrangeiros, a pessoas diferentes de nós mesmos.

Até mesmo se a inclusão dos imigrantes em nossas sociedades resultasse em baixar nosso padrão de vida (o que, de fato, não é o caso, porque sua presença estimula as economias), deveria ser próprio dos cristãos acolhê-los.

–Que pode dizer sobre os imigrantes que entram no país ilegalmente?

–Irmã Lacey: Alguns me perguntam: “Por que estas pessoas não vêm legalmente? Estão violando nossas leis!”. Esta é uma questão séria que apela à nossa obediência às leis, que está no DNA anglo-saxão. As pessoas que realizam a pergunta se surpreendem ao saber que não há como estas pessoas virem legalmente, porque as leis de imigração não lhes oferecem nenhuma via para fazê-lo.

Só algumas categorias de “outros” podem entrar legalmente, e muitos deles sob um limitado período de tempo.
Aproximadamente a metade de todos os indivíduos sem documento dos Estados Unidos, por exemplo, entrou legalmente, mas logo eles ficaram irregulares, devido ao visto que expirou. Os outros são aqueles que cruzaram uma fronteira sem fiscalização, usualmente pessoas que buscam trabalho a fim de enviar dinheiro aos familiares, como forma de ajuda.

A lei de imigração atual, por exemplo, pode manter os membros de uma família à espera durante 18 anos por uma imigração legal. Como se conjuga isso com nossa crença cristã no sacramento da família junto à importância da união familiar?

Antes de julgar quem viola a lei, a questão chave para mim é perguntar se as leis vigentes são éticas.
É correto em uma economia global, onde os bens, a informação e o dinheiro transcendem as fronteiras, evitar que os trabalhadores também cruzem as fronteiras?

É correto, em um mundo onde algumas pessoas nasceram em lugares ond
e é quase impossível alimentar sua própria família, evitar que o povo emigre a um lugar onde possa saciar seus filhos?

É correto, em um mundo que diminui de tamanho, que os que têm expulsem os que não têm?

É correto construir muros (como o que os Estados Unidos fizeram ao longo de sua fronteira sul) ou viver em comunidades fechadas que deixam as pessoas de fora, enquanto que ao mesmo tempo vamos à igreja e ouvimos as histórias do Rico e Lázaro (Lucas 16)?

–Destacar a tolerância à diversidade cultural é a saída para que os imigrantes sintam-se mais acolhidos, ou há algo mais que você encontrou para ajudar a abrir os corações das pessoas?

–Irmã Lacey: A tolerância à diversidade é seguramente o primeiro passo, mas espero que possamos nos mover mais adiante de tolerar nossas diferenças para celebrar a forma com que eles enriquecem a todos.

Trabalhei com refugiados e imigrantes de mais de cinquenta países e me considero uma das pessoas mais felizes do planeta por ter compartilhado tantos diferentes pontos de vista, tantas diferentes perspectivas sobre Deus, tantos modos de superar as diferenças e viver a vida intensamente.

Rezo para que cada um possa arriscar-se a dar as boas-vindas a um estrangeiro e descobrir, para sua infinita surpresa, que Deus o espera em um lugar para lhe proteger.

quarta-feira, 24 de março de 2010

PRAYER FOR THE FAMILY

Lord God, from You every family in heaven and on earth takes its name.

Father, You are Love and Life. Through Your Son, Jesus Christ, born of woman, and through the Holy Spirit, fountain of divine charity, grant that every family on earth may become for each successive generation a true shrine of life and love.

Grant that Your grace may guide the thoughts and actions of husbands and wives for the good of their families and of all the families in the world.
Grant that the young may find in the family solid support for their human dignity and for their growth in truth and love.

Grant that love, strengthened by the grace of God's undying love, may prove mightier than all the weaknesses and trails through which our families sometimes pass.
Through the intercession of the Holy Family of Nazareth grant that the Church may fruitfully carry out her worldwide mission in the family and through the family.
Through Christ, our Lord, who is the Way, the Truth and the Life forever. Amen.
Adapted from

"Prayer for the Family"
by Pope John Paul II

PURE AND JOYFUL MARIAN CONFERENCE 21 MARC 2010 FATIMA, PORTUGAL

Mary´s call:
Mary´s call to us, HOLD, is to «do whatever He tells you.»


Couples for Christ (CFC) is an International Association of the Catholic Faithful that has been granted official recognition by the Holy See.
CFC is governed by the International Council in accordance to its statues as described in the official website of the Pontifical Council for the Laity
The call to holiness stars with a life lived in purity

we are all asked to renew our response to god´s call to holiness in a special way. We are also asked to our commitment to strive to be 100% pure in mind, body and spirit, to be holy and set apart for the Fulfillment of God´s will here on earth