O plano de actividade expõe de forma pormenorizada o que se planeou fazer, quando se pretendeu actuar, quem foi o responsável pelas diferentes tarefas e quais os recursos que serão necessários para a sua concretização (GUERRA, 1999).
Como tal, será necessário fazer-se uma descrição de todo o processo que levou à finalização do projecto em questão. Tal discrição será feita actividade a actividade, seguindo a sequência da realização das actividades.
A primeira parte do projecto denominada CIR teve início na terceira semana do mês de Maio no GARSE mediante a definição da população-alvo do mesmo. Em reunião com o orientador do estágio chegou-se à conclusão de que o projecto, iria abranger oito utentes imigrantes que desconheciam os seus direitos e deveres no país de acolhimento.
A segunda actividade foi realizada na primeira semana de Junho, altura em que a estagiária falou com o técnico do CLAII acerca dos planos do projecto e da intervenção em geral. A estagiária falou também com os técnicos acerca os planos das visitas às instituições, os contactos que vai fazer com as instituições.
A terceira actividade decorreu nos meses de Junho, Julho, Setembro e Outubro e envolveu sobretudo visitas a várias Associações de Imigrantes das Zonas de Lisboa, Amadora, Lumiar, Vila Franca de Xira, Queluz, Odivelas e Loures. Para executar estas actividades delinearam-se as seguintes tarefas. Primeiro a estagiária pesquisou os endereços de cada associação no web site: www.acime.gov.pt, depois comunicou via telefónica com cada associação a fim de marcar as visitas, conforme a disponibilidade destas associações.
Estas actividades resumiram-se da seguinte forma: no dia 13 de Junho, a estagiária visitou a primeira Associação de Imigrantes a qual fica no Concelho da Amadora - Associação Laamten-Valorização e Divulgação da Língua e Cultura Fula (a cultura fula é uma cultura de África central). Esta é uma associação sem fim lucrativo. A estagiária conseguiu encontrar e entrevistar o presidente da associação, o qual foi bastante simpático e explicou pormenorizadamente o funcionamento da associação e as actividades que esta costuma realizar. Estas incluem: encontro com os membros da cultura fula nos últimos sábados do cada mês às 21horas, durante o qual a associação prepara comida tradicional para todos os participantes do encontro. Este jantar é financiado pela associação; aulas de fula, as quais se realizam todos os fins semanas, aos sábados às 21horas e aos domingos às 15horas. Estas aulas são gratuitas, informais e flexíveis; atendimento aos utentes da associação – o gabinete da associação está aberto de segunda a sexta a partir 18.30, aos sábados a partir das 14.30 e aos domingos a partir das 11horas. Nesta visita a estagiária recolheu bastante informação. No final da visita o presidente disponibilizou-se para fornecer futuras informações em caso de necessidade.
No dia 14 de Junho a estagiária visitou duas Associações no Concelho de Amadora. Associação Unidos de Cabo-verde (localizada no Casal de São Brás) e Associação Centro Português de Estudo Árabes Pulaar e Cultura Islâmica, (localizada na Damaia). Na Associação Unidos de Cabo-Verde o presidente não estava presente mas pediu ao psicólogo da associação para atender a estagiária. O encontro foi muito bom. A estagiária fez bastantes perguntas e o psicólogo disponibilizou o seu tempo para responder e esclarecer todas as dúvidas. Explicou claramente as actividades que se realizam na associação e os apoios que são dados aos utentes. A associação tem Jardim-de-Infância, Gabinete de apoio jurídico, apoio ao preenchimento IRS, apoio à habitação, apoio ao reconhecimento e validação de habilitações académicas até ao 9ºano, a ser ampliado até ao 12º ano no ano lectivo 2007/2008, apoio na procura de emprego, apoio financeiro a mães adolescentes (bolsa de 250€ por mês), apoio psicológico com um custo que depende do rendimento do utente, 10 a 20€ por hora. Pode-se dizer que esta é uma associação que conseguiu alcançar o seu objectivo de trabalho com os imigrantes mais necessitados.
Quanto à segunda associação visitada no mesmo dia, o Centro Português de Estudos Árabes Pulaar e Cultura Islâmica, ao chegar, a estagiária teve receio porque estava com dúvidas: será que eles vão atender estudantes da Universidade Católica? No fim aconteceu que o presidente foi bastante simpático. Quando descobriu que a estagiária é de Timor ele começou logo a contar histórias que não estavam relacionadas com a visita da estagiária. No entanto, a estagiária conseguiu enquadrar as perguntas e obter a informação necessária. As actividades desenvolvidas por esta associação incluem: encaminhamentos de pessoas que procuram trabalho, mediador da segurança social, apoio jurídico sobretudo relativo a legalizações, visitas especiais a prisões, apoio a pessoas doentes e carenciadas, cursos de Árabe, Português, Pulaar e Inglês, aulas sobre a religião islâmica, palestras organizadas periodicamente, colóquios e educação moral para que os muçulmanos possam conhecer a religião islâmica, com o objectivo de facilitar a integração dos utentes na sociedade portuguesa. A estagiária visitou esta associação duas vezes. A última visita foi realizada no dia 5 de Setembro com o objectivo de recolher algumas publicações da Associação para o projecto CIR.
No mês de Julho, no dia 4 a estagiária visitou pela primeira vez a Associação Grupos de Trabalho e Projectos dos Sete Países da Língua Oficial Portuguesa. Nesta primeira visita a estagiária não conseguiu encontrar o presidente da associação porque este estava fora do país. A estagiária deixou o seu contacto com o assistente da associação para este a poder contactar no regresso do presidente. No dia 10 do mesmo mês a estagiária foi informada pelo assistente da associação que poderia encontrar com o presidente no dia 11. Este encontro com o presidente foi muito bom e enriquecedor.
GTP7 – D&L, constitui uma associação sem fins lucrativos, que congrega nacionais dos Sete Países de Língua Oficial Portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guine Bissau, Timor, Moçambique e São Tome e Príncipe). No seu conjunto reúne pessoal docente, técnicos especializados e estudantes, vocacionados para a Cooperação e a Solidariedade a todos níveis. Esta associação assume-se não apenas como local de estudo, mas sobretudo de diálogo permanente, de adequada tomada de posições e mesmo de efectiva intervenção, respeitando valores tão importantes como a democracia, os direitos humanos ou a especificidade cultural. No final da visita o presidente referiu que as actividades que a associação costuma realizar são limitadas por várias razões, entre estas, o facto dos membros que trabalham na associação não serem fixos. Por isso, quando estes terminam o estudo regressam ao seu país de origem e muitas vezes é difícil encontrar novos membros para continuar a assumir o seu trabalho. As actividades que a associação organiza estão relacionadas com diferentes áreas: social, cultural e educacional.
A estagiária realizou uma segunda visita a esta instituição no dia 18 de Julho. Durante esta visita a estagiária recolheu algumas publicações da associação para o projecto CIR. Nesta associação a estagiária obteve bastante informação, sobretudo no que diz respeito ao apoio aos imigrantes no país de acolhimento. Segundo explicações do presidente da associação, houve dificuldades em trabalhar todas as actividades previstas no programa da associação, mas conseguiu-se realizar um pequeno número de actividades.
No dia 12 de Julho a estagiária visitou duas associações. Da parte da manhã visitou a Associação Casa da Guiné (Localidade Queluz). Esta visita foi agendada por telefone com o presidente da associação às 11.30. Quando a estagiária chegou no local não havia ninguém na associação, sendo que esta necessitou esperar mais de uma hora. Depois deste tempo chegou o presidente que logo atendeu a estagiária e se dispôs a responder às questões que a mesma lhe colocou. Esta associação é uma associação sem fim lucrativo e cujo objectivo principal é a sensibilização, cooperação e a defesa dos valores dos nativos e simpatizantes da Guine Bissau. Algumas das actividades desta associação incluem: apoio a crianças e jovens, apoio à integração social e comunitária, protecção aos cidadãos idosos e inválidos, especialmente em situações de falta de meios de subsistência ou incapacidade para o trabalho, promover e defender a unidade e a solidariedade entre todos os guineense residentes em Portugal e, finalmente, incentivar a sã convivência entre os seus associados, promover estreitas relações sociais, culturais e humanas entre a comunidade guineense e outras comunidades existentes em Portugal.
No final da visita o presidente referiu que não é fácil trabalhar como eles gostariam ou quereriam, visto que tudo isto depende também da disponibilidade dos membros da própria associação. Aí existem alguns desafios que requerem paciência para pôr os projectos em prática ou seja fazer o bem para os outros.
Na parte da tarde do mesmo dia 12 de Julho, a estagiária foi pela primeira vez visitar a Associação de Defesa dos Direitos dos Imigrantes (Localizada em Lisboa). A estagiária visitou esta associação várias vezes. Esta associação é uma associação sem fins lucrativos criada em 2001 e é membro da Rede Anti-racista, do Secretariado Coordenador das Associações dos Imigrantes e do conselho Consultivo para a Igualdade e contra a Descriminação Racial. A associação conta com milhares de sócios oriundos de 72 países diferentes os quais não apenas beneficiam da associação, mas também contribuem para a mesma através do pagamento de quotas.
A associação tem um número elevado de funcionários imigrantes, os quais são oriundos de vários países do mundo: Rússia, Ucrânia, Roménia, Índia, Estados Unidos, Canada, Paquistão, Iraque e Brasil. No momento da visita estava prevista a chegada de mais um funcionário da China. Estes profissionais auxiliam nos atendimentos aos imigrantes. Os utentes que chegam à associação indicam qual o seu país de origem e língua e são imediatamente encaminhados para um técnico que pode comunicar-se na língua do imigrante. A associação revelou ser bastante avançada no trabalho que realiza com os imigrantes. O presidente da associação referiu que a mesma tem vários funcionários e também alguns voluntariados; no entanto, entre estes não existe ninguém formado como assistente social, o que contribuiria para a realização de um trabalho melhor e para um maior estabelecimento de contactos com outras instituições.
No dia 17 de Julho a estagiária teve um encontro com a presidente da Associação dos Residentes Angolanos no Centro Comercial Flamengo. Esta associação é uma associação sem fim lucrativo, a qual até ao momento não tinha conseguido ainda um espaço para reunir os seus membros e exercer as suas actividades. A associação estava a aguardar a resposta da Câmara Municipal de Odivelas sobre o assunto. Embora não tendo um espaço próprio, a associação já tinha realizado algumas actividades culturais e desportivas no Concelho de Odivelas. Esta associação não deu muitas informações adicionais para a estagiária.
No dia 19 de Julho a estagiária encontrou com o presidente da Associação de Apoio sem Limite na zona de Lisboa. Esta associação é uma Associação sem fim lucrativo. As actividades que realizam nesta associação são os seguintes: apoio escolar a nível e português, matemática e Informática; apoio alimentar e distribuição de roupa; actividades culturais, tais como dança, músicas, etc; desporto, apoio domiciliário e serviço de apoio psicossocial. Além destas actividades, a associação realiza ainda encontros formais e informais com os membros diplomáticos do Governo de Angola e o Embaixador de Angola em Portugal. Esta associação convidou a estagiária a participou em dois encontros formais, um em Lisboa e outro no Porto. A estagiária considerou estes encontros e actividades como experiências bastante positivas como futura profissional, visto que a mesma pôde aprender muitas coisas acerca do trabalho desta associação.
No dia 24 de Julho, a estagiária encontrou pela primeira vez com o presidente da associação de Defesa dos Direitos dos Angolanos, a qual está localizada no Alto do Lumiar. Este dia foi um dia muito desagradável porque quando a estagiária chegou ao local não havia ninguém para a receber e a porta estava fechada, sem que lhe tivesse sido dada qualquer informação. Após contacto telefónico a estagiária teve que esperar até à tarde, altura em que ia chegar o presidente. Este chegou praticamente no final do dia. O presidente mostrou as instalações da associação, bem como as fotos de cada actividade já realizada pela associação. Os apoios que a associação promove incluem: apoio à habitação, emprego, ingresso no ensino superior e formação profissional, saúde, apoio à infância e ao sucesso escolar, aconselhamento jurídico, parcerias e redes institucionais, apoio a reformas, pensões e rendimento mínimo garantido e actividades sócio-culturais. A estagiária conseguiu recolher bastante informação e o presidente referiu que se é possível encaminhar para a associação pessoas que necessitem ajuda.
No dia 3 de Setembro a estagiária foi visitar a Associação Luso Cabo-verdiana no Conselho de Sintra. Esta visita estava já marcada desde o mês de Julho. Quando a estagiária chegou à associação não havia ninguém para a acolher. Também não conseguiu contactar com o presidente visto este ter o telemóvel desligado. Neste dia a estagiária não conseguiu qualquer resultado. Esta experiência repetiu-se com outras 9 associações, as quais não é relevante referir.
No dia 13 de Setembro a estagiária foi pela primeira vez visitar a Associação dos Africanos no Concelho Vila Franca de Xira. O presidente inicialmente pareceu ter alguma dificuldade em responder às perguntas da estagiária, talvez por não ter clareza em relação à credibilidade da estagiária. Após ter pedido a identidade da instituição académica da estagiária, o presidente esclareceu as dúvidas da estagiária e explicou o funcionamento da associação. Esta é uma organização sem fins lucrativos, apartidária, laica, dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, patrimonial e financeira. A associação tem várias áreas de intervenção, ajudando dezenas de famílias africanas. Tem ainda como objectivo alargar este apoio, de forma a abranger cidadãos de todos os países de língua oficial Portuguesa. Além dos cinco países africanos (Angola, Cabo-Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe e Moçambique) que já apoia, a instituição quer apoiar também imigrantes do Brasil e de Timor.
A associação tem uma advogada cedida pelo ACIDI que dá apoio jurídico aos associados gratuitamente. São promovidas reuniões de esclarecimento com várias entidades tais como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a ACIDI, a Organização Internacional das Migrações e a Câmara Municipal. No final da visita o presidente mostrou as instalações da associação, as quais foram cedidas pela Câmara Municipal. A associação tem duas salas grandes, material didáctico e dois computadores que não estavam a ser utilizados. A estagiária comparou esta associação com outras associações que precisavam de mais espaço para as suas actividades e não têm possibilidade de o conseguirem, enquanto esta tinha espaço desaproveitado.
No dia 27 de Setembro a estagiária visitou a Associação Cabo-verdiana. Nesta associação a estagiária falou com o presidente, o qual foi bastante amável e respondeu claramente às várias perguntas feitas pela estagiária. Durante a conversa com o presidente chegaram dois artistas cabo-verdianos à associação e, uma vez apresentados à estagiária, esta sugeriu aos artistas algum possível trabalho em conjunto tendo em vista o bem dos imigrantes. Esta associação é uma instituição particular, sem fins lucrativos que procura manter vivo no dia-a-dia da cidade de Lisboa um espaço de multiculturalidade onde a música, a gastronomia, os debates, as conferências, os seminários e a formação com carácter qualificante irmanam cabo-verdianos, portugueses e outros povos e culturas na sociedade portuguesa. Rege-se por estatutos e cumpre objectivos sociais, recreativos, desportivos, educativos e culturais junto do seu público-alvo - a Comunidade Cabo-verdiana em Portugal, bem como, trabalha na divulgação da cultura cabo-verdiana no seio da sociedade portuguesa com uma dupla finalidade: 1) garantir aos seus associados e aos cabo-verdianos em geral um espaço de vivência sócio-cultural, com particular incidência na ligação dos descendentes à cultura de origem dos seus pais; 2) contribuir para o aprofundamento das relações inter-culturais Portugal/Cabo Verde como instrumento de inserção dos cabo-verdianos na sociedade portuguesa. No final o presidente convidou a estagiária para participar numa conferência que foi realizada no dia 16 de Outubro pela associação, na qual a estagiária foi impedida de participar visto neste mesmo dia ter participado no lançamento do Índex de Políticas de Integração de Imigrantes na Fundação Calouste Gulbenkian.
No mês de Outubro a estagiária conseguiu visitar mais duas novas associações, Associação de Estudo Cooperação e Solidariedade “Mulher Migrante” e Associação Casa do Brasil de Lisboa.
No dia 2 de Outubro a estagiária visitou a Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade “Mulher Migrante”, a qual foi constituída por tempo indeterminado como associação sem fins lucrativos, com vocação internacional e regida pela lei portuguesa. Esta associação tem como objectivo estudar os problemas da mulher, mais especificamente, da Mulher Migrante. Em cooperação com outras associações das Comunidades Portuguesas no Mundo, a referida associação procura dar apoio à integração das mulheres migrantes nos países onde vivem e defender os seus direitos de participação a nível social, económico e político. No final do encontro a presidente convidou a estagiária para participar numa conferência promovida pela associação que se realizaria no dia 10 de Outubro no Auditório da Casa Pia. A conferência tinha como tema “2007 - Ano Europeu da Igualdade de Oportunidade para Todos”. Entre os conferencistas estava também a Dra. Elsa Pais, professora da Universidade Católica Portuguesa. Foram ainda convidadas sete mulheres de diferentes nacionalidades que partilharam as suas experiências de maus-tratos pelos maridos ou outros homens. Uma mulher africana, através de um grupo de dança coordenado por ela, expressou como na sua própria cultura as mulheres têm frequentemente que ficar em segundo plano na sociedade. Através da visita à associação e da participação nesta conferência, a estagiária foi enriquecida com um conhecimento mais abrangente do trabalho realizado por esta associação, sobretudo no que diz respeito à defesa das mulheres imigrantes.
No dia 19 de Outubro visitou a Associação Casa do Brasil (localizada no Bairro Alto), à qual a estagiária já se tinha deslocado no dia 27 de Setembro sem conseguir entrevistar o presidente, embora esta visita estivesse agendada previamente. Neste dia 19 de Outubro a estagiária conseguiu finalmente entrevistar o presidente da associação. Nesta visita a estagiária recolheu bastante informação acerca da associação. A Casa do Brasil de Lisboa é uma associação civil sem fins lucrativos, reconhecida como tal nos termos da Lei 115/99, de 3 de Agosto. As áreas de intervenção da associação incluem: 1) Centro de Apoio Jurídico, o qual se destina a orientar imigrantes brasileiros e de outras nacionalidades em questões de natureza legal. As consultas são feitas pessoalmente, mediante marcação antecipada na sede da Associação; 2) O Centro de Documentação é formado por uma biblioteca com cerca de 1.500 livros, dossiers temáticos, colecções de revistas e jornais brasileiros, e ainda vídeos e CDs. Estudantes, jornalistas e pesquisadores podem consultar este material com marcação prévia. O Centro funciona de 2ª e 4ª feira, das 16.30 às 19.00 horas.
Além destes dois tipos de apoio, a Associação oferece ainda orientação e encaminhamento à sua população-alvo, sobretudo no que diz respeito a leis de imigração, processo de retirada de vistos, direitos trabalhistas do imigrante, entre outras informações necessárias à integração e inclusão destes imigrantes em Portugal. A associação tem, ainda, uma publicação intitulada “Sabia”, a qual se destina aos brasileiros residentes em Portugal e tem como objectivo ser um elo de ligação entre a associação e os seus associados, bem como, uma forma de divulgação de temas de interesse para a comunidade lusófona. Além destes projectos, a Casa do Brasil ainda possui projectos culturais e de educação e informação tais como: Som do Brasil, aulas de dança, curso de inglês, cursos de informática, portal Brasil em Portugal, amostra de cinema Brasileiro, futebol da Casa do Brasil de Lisboa, etc. Nesta visita a estagiária recolheu bastantes publicações acerca da associação.
Em resumo, ao longo destes 4 meses (Junho, Julho, Setembro e Outubro) a estagiária visitou 21 associações de imigrantes. Destas, 9 não estavam disponíveis para dar informação por diferentes razões. Consequentemente, a estagiária conseguiu recolher informação detalhada sobre as diversas actividades promovidas por 12 Associações, tal como foi descrito anteriormente (ver anexo nº.10). A estagiária conseguiu, ainda, fazer entrevistas com presidentes e membros destas Associações (ver anexo nº.11).
A experiência obtida pela estagiária durante esta terceira actividade, concretamente, visitas às associações de imigrantes, revelou, em geral, que estas associações estão disponíveis para trabalhar em conjunto com outras instituições, tendo como objectivo promover a integração dos imigrantes na sociedade de acolhimento, sobretudo no que diz respeito a elucidá-los acerca dos seus direitos e deveres e a contribuir para cultivar a riqueza cultural destes imigrantes.
A quarta actividade realizada pela estagiária consistiu no tratamento de informação para o espaço no CLAII. Ao longo das visitas a estagiária recolheu vasta informação relativa às diversas associações tendo, posteriormente, redigido esta informação em forma de relatório. Este incluiu, de forma resumida as diferentes actividades sociais e culturais promovidas por cada associação.
A penúltima actividade realizada consistiu na elaboração de um dossier de informação. Com esta actividade a estagiária conseguiu colocar todas as informações recolhidas das várias associações, bem como outras informações relevantes para facilitar o serviço no CLAII (ver no anexo nº12).
A última actividade realizada consistiu na colocação ou distribuição das informações no espaço do CLAII. Esta actividade não foi bem alcançada devido especialmente à falta de uma mesa para colocar a informação recolhida. Por este motivo, a estagiária entregou o dossier e as publicações ao orientador do estágio para serem expostas mais tarde quando fosse possível.
Outras actividades que não foram realizadas incluíram: visitas previstas no plano das actividades tais como, visita à Segurança Social, ao Instituto Nacional de Habitação e ao Centro do Emprego. Estas visitas não foram possíveis por falta de tempo. A estagiária, no entanto, conseguiu recolher relevante informação acerca destas instituições durante as visitas às Associações de Imigrantes, visto estas associações fazerem encaminhamentos para a Segurança Social, o Instituto Nacional de Habitação, o Centro do Emprego, Hospitais, Prisões, Escolas e outras entidades.
Relativamente, às actividades não programadas e que foram realizadas, estas incluíram convites à estagiária por parte de algumas associações para participar em conferências, debates sobre a temática da imigração e eventos culturais. No dia 14 de Julho a estagiária foi convidada pelo orientador do estágio para participar num festival de dança que se realizou na Casa da Cultura de Sacavém e no qual estiveram presentes várias associações de imigrantes do Concelho de Loures. A estagiária participou neste festival, o qual foi uma oportunidade de grande enriquecimento a nível cultural. Durante este festival, a estagiária conseguiu fazer entrevistas informais com alguns membros das associações presentes e recolher informação acerca das suas actividades sociais e culturais. Foi interessante perceber como, através de danças, os imigrantes conseguiram expressar as suas experiências de vida e trabalho num país estrangeiro revelando, ao mesmo tempo, a forma como procuram manter vivos os valores próprios da sua cultura de origem. No final das actividades a equipa organizadora reuniu todos os participantes para um lanche e, após este, distribuiu um diploma e uma t-shirt a cada um dos que participaram nas apresentações. A equipa ofereceu, ainda, uma bola a cada associação presente no festival.
No dia 20 de Julho a estagiária foi convidada pelo presidente da Associação Apoio Sem Limite para participar num encontro e jantar no Hotel Malhoa promovido pelo Cônsul de Angola em Lisboa, no qual estiveram presentes o Embaixador de Angola, bem como todas as associações angolanas em Portugal (ver no anexo nº.13). Cada associação avaliou as suas actividades na presença do Cônsul e da assembleia. Na avaliação o presidente de cada associação apresentou à assembleia os objectivos que foram alcançados e também os obstáculos que foram encontrados no trabalho da respectiva associação. Os obstáculos referidos com mais frequência foram a falta de suficiente apoio por parte do país de acolhimento; a discriminação frequentemente experimentada pelos imigrantes na sociedade de acolhimento; e a falta de espaço para acolher crianças e jovens para os quais seria importante desenvolver os seus talentos e expressar os valores próprios da sua cultura. Houve, no entanto, algumas associações que referiram de forma muito positiva o apoio que recebiam das Câmaras Municipais, tanto a nível financeiro como a nível de espaços físicos para o funcionamento da associação. No final do encontro, o Embaixador de Angola agradeceu a todas as pessoas presentes e pediu às associações para trabalharem em rede, ajudando-se e apoiando-se mutuamente. Por exemplo, que as associações com falta de espaço físico encaminhassem os utentes para outras associações a fim de que os mesmos pudessem obter uma melhor resposta às suas necessidades.
No dia 28 de Julho a estagiária foi novamente convidada pela Associação Apoio sem Limite, desta vez para participar num encontro no Porto. Este encontro consistiu numa reunião de todas as associações Angolanas com o Presidente Eleitoral de Angola, o Embaixador de Angola em Lisboa e os Cônsules Angolanos das zonas de Lisboa e Porto. Nesta oportunidade o Embaixador explicou aos angolanos presentes, bem como àqueles que trabalhavam com imigrantes, as possibilidades que os imigrantes têm no país de acolhimento, especialmente no que respeita ao processo de legalização, às alterações da Nova Lei de Nacionalidade e também às medidas necessárias para uma boa integração dos imigrantes. A estagiária considerou este encontro muito relevante, já que a sua participação lhe possibilitou a recolha de importante informação relativa aos imigrantes angolanos a residir em Portugal.
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